2º Fórum de Direitos Humanos de Guarulhos reúne 400 pessoas no Adamastor

Quarta, 11 de Dezembro de 2019 - 09:25

Mais de 400 pessoas de diversas cidades paulistas compareceram ao Adamastor nesta terça-feira (10) para prestigiar o 2º Fórum de Direitos Humanos Intermunicipal, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos de Guarulhos. O tema do evento foi “Todas as pessoas juntas pelos Direitos Humanos” e a data foi escolhida justamente para comemorar também os 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O prefeito Guti participou da abertura do evento ao lado de diversas autoridades e afirmou que é uma prioridade do governo trazer esses assuntos à tona. "Tais discussões devem acontecer sempre para que nós tenhamos um direcionamento de quais políticas públicas são necessárias. A Secretaria de Direitos Humanos, que engloba diversos outros temas, tem a função de olhar para o ser humano e encontrar meios de tornar a vida dessas pessoas melhor e vocês estão aqui hoje para compartilhar suas ideias de como podemos fazer isso. É lindo ver como o lugar está cheio", disse.

Na ocasião, a minuta de Plano Municipal de Direitos Humanos foi apresentada e a Pasta recebeu diversas propostas de participação popular.Elas serão analisadas por um corpo técnico multidisciplinar, que fará a consolidação das sugestões. Essa ação foi uma das demandas apontadas no 1º Fórum, em dezembro de 2018, pelos participantes das salas temáticas. Além disso, o evento contou com o lançamento do Guia de Direitos Humanos e do 2º Relatório de Indicadores – Observatório de Direitos Humanos.

O secretário de Direitos Humanos, Lameh Smeili, comemorou a realização do evento e lembrou que é preciso ter coragem para falar sobre o tema. “O prefeito Guti foi o primeiro a olhar para esses temas na nossa cidade, para as mulheres, os negros, os jovens, o público LGBTI, os idosos. A criação destas políticas públicas acontece hoje porque nós enxergamos a necessidade de lutar por essas pessoas”, afirmou. O secretário afirmou também que não é possível discutir o tema sem entender o que significa direitos humanos. “Isso é uma reação à repressão, ao ataque à dignidade do ser humano, que acontece desde os primórdios da humanidade”, lembrou.

Discussões importantes

O evento buscou reunir um público diversificado para dialogar sobre temas como violação dos direitos humanos, educação, direitos humanos na cidade, participação democrática, direitos humanos para todas as idades e direito à memória e à verdade. Na parte da tarde, o público pôde participar de salas temáticas com rodas de conversas, nas quais puderam apresentar propostas para o Plano Municipal dos Direitos Humanos.

Além disso, o advogado Airton Soares palestrou sobre como o Brasil é visto em matéria de direitos humanos no cenário mundial, fazendo com que o público refletisse sobre o que podemos fazer para ter mais empatia e olhar para o próximo.

Para o sheik Ahmad Osman Mazloum, membro da WAMY (Assembleia Mundial da Juventude Islâmica),é essencial levar essas discussões para a sociedade fora do evento. “Conversem sobre isso no seu trabalho, na sua família, com seus amigos”, afirmou. Mazloum também pediu que o público refletisse sobre direitos e deveres. “As pessoas naturalmente procuram pelos seus direitos, mas esquecem que temos deveres e é muito importante pensar em quais são os nossos deveres como sociedade, que são muitos”, concluiu.

Fotos: Fábio Nunes Teixeira/PMG