Serviço de Acolhimento Taboão apresenta resultado das oficinas socioeducativas

Quinta, 13 de Dezembro de 2018 - 18:00

Cestas, sousplat, porta copos, bandeja, guirlanda, cesto de roupa e descanso de panela são alguns dos objetos feitos pelos assistidos da Casa de Acolhimento Taboão (Serviço Institucional de Acolhimento Adulto Masculino – Taboão), conhecida como Albergue Taboão. O artesanato é fruto das oficinas sócioeducativas do projeto Decoração Sustentável, e que foi apresentado à comunidade do entorno nesta quinta-feira (13). Além deste projeto, há o “Horta-Veia do Acolhimento”, que transformou os canteiros do Albergue em hortas contendo pés de chuchu, tomate, jiló, manjericão, batata doce, couve, pepino, pimentão, entre outras, e também de diversas plantas medicinais, com os quais realizam chás, e temperos para suas refeições.

O objetivo do projeto da Prefeitura, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, é promover a socialização, o trabalho em grupo, autonomia econômica e retorno à família.

A assistente social Maria do Roccio da Silva Gomes dos Santos, idealizadora dos projetos, abordou os resultados obtidos nas oficinas. “Meu trabalho é descobrir o potencial dessas pessoas em situação de extrema vulnerabilidade e trabalhar a sensibilidade deles para que retomem o vínculo familiar. As oficinas minimizam a agressividade, reduzem a ansiedade, favorecem o diálogo interpessoal e colaboram para que tenham uma ocupação”, disse Roccio.

Projeto Decoração Sustentável

As oficinas do projeto Decoração Sustentável foram realizadas todos os dias, ao longo de 45 dias, das 8 às 17 horas com três horas de descanso. Ela começou com 12 assistidos, mas, como a frequência é livre, oito permaneceram nas aulas até o fim. A oficina de arte é dividida em setores conforme a habilidade de cada um. Por isso, todas as peças passam pelas mãos de todos.

O projeto tem também papel inclusivo e conta com a participação de dois deficientes visuais. Antônio Esteves, 50 anos, é um deles. Ele perdeu a visão há dois anos. “Nunca tinha lidado com artesanato. Foi difícil no começo, mas depois peguei o jeito. O bom é que gerou mais integração aqui e as pessoas passaram a conversar e se conhecer mais”, afirmou Antônio.

A proposta, de acordo com a coordenadora, é de comercializar os produtos artesanais e gerar renda para os acolhidos. “O objetivo principal é que eles deem novos voos, vendendo os produtos e tendo contato com o mundo externo, com a sociedade”, disse a assistente social.

Inaugurado no fim de novembro passado, ao lado do Restaurante Popular Solidariedade Josué de Castro, o Serviço acolhe pessoas em situação de rua e funciona 24 horas. Abriga hoje 30 homens com idades entre 33 e 70 anos. Lá, os acolhidos também participam de caminhadas pelo entorno e de conversações, onde têm oportunidade de contar suas histórias de vida e seus anseios.

Imagens: Divulgação/PMG