Mulher no Mercado de Trabalho

visitaCom a intenção de analisar e revelar a situação da mulher no mercado formal de trabalho, a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres divulga desde o segundo semestre de 2014 um informativo trimestral baseado nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), instrumento criado pelo Governo Federal que registra as admissões e dispensas de trabalhadores brasileiros, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

De acordo com os dados do Caged, no segundo trimestre de 2015, as empresas instaladas na cidade admitiram 30.732 trabalhadores, mas o número de demissões foi maior: 36.344. O número de vagas preenchidaspor mulheres nesse período foi de 12.845, bem menor do que o número de homens admitidos. Só no primeiro trimestre, 1.245 mulheres foram demitidas enquato os homens perderam 4.367.

Houve perda de  em abril, em maio e em junho, mas as maiores perdas se concentraram em junho. A Indústria foi o setor da economia que mais perdeu vagas no segundo trimestre: 3.233, sendo 2.271 para homens e 962 para mulheres.

Entre os setores com maior peso na economia guarulhense, o que mais contratou foi o de Serviços, com 14.097 admissões, mas, diferentemente do primeiro trimestre, quando manteve um pequeno saldo positivo, este setor, que abrange o Aeroporto Internacional, transportadores e empresas de distribuição, escritórios de advocacia, psicologia, a área médica e de beleza, entre outras, demitiu um número ainda maior: 16.120, o que resultou em um saldo negativo de menos 1.656 vagas para homens e 367 vagas para mulheres. O setor de Comércio também apresentou um saldo negativo: perdeu 22 vagas e criou 117 novos postos para mulheres.

Quanto ao grau de escolaridade, mantém-se a tendência do primeiro trimestre: a maioria das contratações foram para pessoas com Ensino Médio Completo. Os homens são a maioria: 11.838 contratados, enquando as mulheres somam 9.145. O número de demissões de mulheres foi menor nesse nível de escolaridade do que os homens. Apenas no nível Superior Incompleto e Completo, o número de mulheres contratadas foi superior ao de homens: 1.757 mulheres e 1.456 homens.

No que se refere à faixa etária, o segundo trimestre não apresenta alteração: as admissões tanto de homens quanto de mulheres se concentram na faixa dos 18 aos 39 anos. A partir dos 40 anos ocorre uma redução drástica nas admissões.

Apesar de as mulheres perderem menos postos de trabalho em relação aos homens, elas ainda encontram restrições no trabalho com carteira assinada. A RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2013 mostra que as mulheres ocupavam apenas 38% das vagas disponíveis na cidade.

Pelos dados do Caged, é possível observar que no primeiro trimestre de 2015 o número de mulheres admitidas continua inferior ao número de homens contratados, mesmo nos setores da economia mais acessíveis às mulheres como o Comércio e Serviços. Os números de 2015 também revelam a dimensão da crise da Indústria, setor em que a presença masculina é muito superior à feminina.