Busca ativa de casos de tuberculose marca o mês de luta contra a doença

Sexta, 29 de Março de 2019 - 17:33

Guarulhos intensificou durante todo o mês de março o trabalho de busca ativa de casos suspeitos de tuberculose, ou seja, de pessoas com tosse persistente há mais de três semanas, com ou sem secreção. Por meio dessa iniciativa, os profissionais da Secretaria de Saúde entrevistaram mais de 22 mil cidadãos, ação que marcou na cidade o Dia Mundial de Luta contra a Doença celebrado no último dia 24.

Os casos suspeitos encontrados foram encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para a realização do exame de detecção da doença. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa de transmissão respiratória, diagnóstico fácil e tratamento gratuito disponibilizado em todas as UBSs do município.  

O tratamento da tuberculose é feito com medicamentos que devem ser tomados de forma supervisionada todos os dias, durante seis meses, sem interrupção. Em pouco tempo, os sintomas desaparecem e o paciente começa a se sentir melhor, mas apesar dessa melhora, é fundamental não interromper o tratamento. Quando o doente deixa de tomar os remédios antes do tempo, o bacilo da tuberculose se fortalece e volta a atacar o organismo de forma muito mais agressiva, diminuindo as chances de cura.

Na cidade, as ações para o controle e a eliminação da doença encontram-se no Plano Municipal de Eliminação da Tuberculose 2018-2021 que prevê, entre outras coisas, a busca do sintomático respiratório, a oferta do tratamento diretamente observado e a realização de exame em familiares e contatos domiciliares da pessoa doente. Vale destacar que todas as UBS também têm o seu Plano de Eliminação para o mesmo período.

Doença avança no mundo
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que em 2017 cerca de 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos, o que mantém a tuberculose entre as 10 principais causas de morte no planeta. Em Guarulhos, no mesmo ano, foram notificados 467 casos, com 17 mortes (3,6%), contra 565 casos de 2018 e 24 óbitos (4,2%). Além disso, foram registrados 100 casos por ano neste período, no sistema prisional do município.