Oito de abril é o Dia Internacional do Cigano. A data é celebrada como um marco na luta desses povos pelo respeito a sua cultura e legado a fim de promover a inclusão de seus membros na sociedade e conhecer sua história. O dia sinaliza ainda o início de um processo de aproximação com os Estados e a efetivação e conquista dos direitos dos ciganos.
Historicamente esses povos sofrem com preconceitos e estereótipos, sendo perseguidos, discriminados e proibidos de terem uma vida digna em diversos territórios. São considerados “povos e comunidades tradicionais”, conforme definição constante no decreto federal 6.040/2007.
No Brasil existem três grandes grupos que compõem os povos ciganos: os Rom, os Sinti e os Calon. Eles estão distribuídos em todos os estados da Federação e no Distrito Federal, desde os endereços mais ricos até as periferias das grandes cidades. Muitos deles ainda estão voltados às atividades itinerantes tradicionais da cultura cigana, mas já se observa um número crescente de profissionais atuantes em outras áreas, como saúde, educação, direito e artes em geral. É importante destacar que nem toda pessoa de etnia cigana é nômade.
O Dia dos Ciganos abre espaço para celebrar a cultura e a existência dessa população, para refletir e mobilizar a sociedade, chamando a atenção para a necessidade de execução de políticas públicas que mitiguem os efeitos da pobreza e da exclusão que essa comunidade sofre. As condições de vulnerabilidade e risco social decorrem de fatores históricos e sociopolíticos, o que torna imprescindível a necessidade de respeitar a integridade dos valores, práticas e instituições desses povos, além de assegurar o suporte necessário para que seus costumes sejam conservados.
A Subsecretaria da Igualdade Racial de Guarulhos tem o papel de promover o debate a fim de romper os estereótipos negativos vigentes acerca dessa população, bem como intermediar, junto a outras secretarias, as eventuais demandas que surgirem no território referente aos povos ciganos - historicamente discriminados, ignorados e invisibilizados pela falta de políticas públicas -, considerando a cultura e as peculiaridades de seu modo de vida, bem como com vistas a fomentar a construção de políticas públicas que atendam as demandas dessa população.
Imagem: Divulgação/PMG
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