Valorização salarial dos servidores nos últimos sete anos supera em mais de 50% a inflação do período

Segunda, 08 de Abril de 2024 - 11:13

A valorização salarial dos funcionários públicos de Guarulhos e dos benefícios atrelados aos seus vencimentos chegou a 89,75% nos últimos sete anos, ao longo da gestão do prefeito Guti. Esse valor supera em mais de 53% a inflação oficial do país no período, de 36%, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um servidor que ganhava, por exemplo, R$ 1 mil em 2017, com benefícios como vale-alimentação (ou refeição), cesta básica e abono salarial, recebia R$ 1.570 ao final do mês. Em 2024, após uma série de aumentos incorporados durante esta gestão, esse mesmo servidor receberá R$ 2.979 no final de abril, data-base neste ano para o reajuste da categoria, que chegará a 9,5% para as menores faixas salariais.
O principal aumento nesse período ocorreu no vale-alimentação, que passou de R$ 450 no começo de 2017 para R$ 1.160 neste mês, um aumento de 157%, ou 4,3 vezes a inflação do Brasil nos últimos sete anos.
Por sua vez, a cesta básica, que nem sequer existia antes da administração Guti, passou de R$ 100 em 2017 para R$ 350 neste mês, o que representa um crescimento de 250%, praticamente sete vezes a inflação do período. Além disso, a faixa salarial dos servidores que recebem a cesta cresceu substancialmente, passando de R$ 3.306,76 há sete anos para R$ 8 mil em 2024, o que engloba 17,7 mil dos 21,7 mil servidores municipais.
Já o abono salarial, que desde 2005 não tinha reajuste em Guarulhos, mais que dobrou na atual gestão, passando de R$ 120 para R$ 250, ou 108% de aumento. Ele também passou a abarcar mais trabalhadores nesse período, passando de 7,7 mil funcionários para cerca de 10 mil somente entre 2023 e 2024.
Equilíbrio e responsabilidade
A valorização dos servidores ao longo dos últimos não implicou irresponsabilidade financeira na gestão Guti, pelo contrário. Em 2017 a dívida da cidade chegava a R$ 7,4 bilhões, contra cerca de R$ 1,8 bilhão atualmente, uma queda de aproximadamente 75%, obtida mesmo com o congelamento do valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no período, com o período de baixo crescimento econômico observado em todo o país durante a pandemia de covid-19 e sempre observando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede um gasto superior a 54% da arrecadação municipal com servidores, sob pena de a cidade deixar de receber recursos fundamentais para os munícipes.

 

Imagem: Sidnei Barros/PMG