No Dia Internacional de Combate à LGBTQIAPFobia, celebrado nesta quarta-feira (17), voluntários da Subsecretaria de Políticas da Diversidade de Guarulhos distribuíram e receberam mais de 1.500 abraços aos pedestres que passaram pelo calçadão da rua Dom Pedro II, no Centro. A 5ª edição do “Me dá um Abraço”, ação de conscientização e de luta sobre as violações de direitos LGBTQIAP+ em que os militantes da causa convidam a população a receber um abraço, entregou também laços e pulseiras coloridas.
“É um dia muito importante porque existem formas veladas de lesbofobia, homofobia, bifobia e transfobia. Não ocorrem apenas agressões físicas e verbais, mas há agressões morais e monetárias, como no caso de mulheres trans que são escravas de seus companheiros e são chantageadas e ameaçadas. Desdenhar, debochar e xingar são também formas de LGBTQIAPFobia, que é um ódio destilado sem nexo simplesmente por não gostar do jeito da pessoa e não a aceitar. Temos que combater isso. Respeitar não é uma opção, mas um dever”, afirmou a subsecretária Ana Marques.
Apoios
Aos 59 anos, o agente de cargas aéreas desempregado Cícero da Silva aceitou a oferta de abraço durante a ação. “O preconceito é ridículo e precisa parar. As pessoas LGBTs são seres humanos como qualquer outro”, disse o morador do Jardim Alvorada.
Acompanhada da mãe, Kelly Alcântara, de 41 anos, vive no Jardim Ottawa e passava pelo calçadão quando viu os voluntários com cartazes. “Acho muito interessante essa campanha para conscientizar que não deve haver preconceito. Temos que respeitar os homossexuais”, declarou Kelly, que ganhou um laço colorido.
Já a assistente de recursos humanos Beatriz Ferrari, de 31 anos, atravessou o calçadão correndo para abraçar um voluntário. “Fiquei feliz em fazer isso. Agi assim por empatia. A gente vê muito preconceito e temos que respeitá-los. Deus ama a todos da mesma forma”, contou a jovem.
A Subsecretaria da Diversidade e Inclusão, que faz parte da Secretaria de Direitos Humanos de Guarulhos, informa que casos de discriminação ou agressões contra a população LGBTQIAP+ devem ser denunciados por meio do Disque 100.
Imagens: Marcio Lino/PMG
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