Animais Peçonhentos

 

Controle de Animais Peçonhentos

Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros.

Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de:

  • Escorpiões
  • Aranhas
  • Serpentes
  • Abelhas e marimbondos

 

 

O Centro de controle de Zoonoses realiza a inspeção prévia para avaliar as condições do local, analisar a situação da infestação e a presença dos animais, e posterior orientação ao munícipe sobre as medidas preventivas que impeçam o acesso, água, abrigo e alimento.

Ressaltamos que abelhas e serpentes são protegidas por legislações, seu manejo, controle ou remoção pode ser realizado desde que não cause maus tratos. A remoção ou captura será realizada após a avaliação das condições do local.

Legislações:

Lei 9605/98

Normativa IBAMA nº 141 de 2006

 

Em caso de URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA DE ABELHAS E MARIMBONDOS o munícipe poderá entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h e posterior esse horário, finais de semana e feriado até às 19 h, entrar em contato com a DEFESA CIVIL (199).

 

 

 

ESCORPIÕES:

Os escorpiões são predadores, alimentando-se principalmente de insetos e outros invertebrados. Têm como inimigos naturais algumas aves, répteis (como lagartos e lagartixas), anfíbios e algumas espécies de aranhas.

Atualmente existem cerca de 2.200 espécies de escorpiões conhecidas no mundo, vivendo tanto em florestas úmidas quanto em desertos. Aproximadamente 160 espécies ocorrem no Brasil. Destas, somente as espécies são consideradas de maior relevância em saúde pública Tityus bahiensis (escorpião marrom) e Tityus serrulatus (escorpião amarelo).

Os escorpiões podem ser encontrados nas cidades, ocorrendo em áreas verdes, parques, cemitérios, terrenos baldios, linhas de trem, em galerias de esgoto, de águas pluviais e de instalações elétricas, em meio a materiais de construção e entulhos. Alimentam-se principalmente de insetos, como baratas e de outros invertebrados.

Os acidentes são mais frequentes na primavera e verão, quando há o aumento natural da população de escorpiões em função do período de reprodução. Geralmente ocorrem quando o escorpião é pressionado contra o corpo, como estratégia de defesa do animal.

 

Medidas preventivas de controle e evitar acidentes:

  • Manter limpo quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenhas;
  • Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los;
  • Manter berços e camas afastados das paredes;
  • Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, preferencialmente botas;
  • Rebocar paredes e muros que apresentem vãos e frestas;
  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
  • Usar telas em ralos do chão, pias e tanques;
  • Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos que servem de alimento aos escorpiões;
  • Realizar roçagem regular de terrenos;
  • Evitar acúmulo de lixo ou entulho perto de casa.

Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sendo crianças e idosos o grupo mais vulnerável.

 

 

 

ARANHAS:

As aranhas são predadoras que se alimentam principalmente de insetos e outros invertebrados. Têm como inimigos naturais pequenos répteis, anfíbios, outros aracnídeos e insetos. Dentre as muitas espécies de aranhas que existem no Brasil, somente três gêneros são considerados de importância em saúde pública: Phoneutria spp. (aranha armadeira), Loxosceles spp. (aranha marrom) e Latrodectus spp. (Aranha viúva-negra ou viúva-amarela). As aranhas podem ser encontradas nas cidades, ocorrendo em áreas verdes, parques e também em áreas construídas como residências. Muitas outras espécies, não consideradas de importância em saúde pública, são encontradas na cidade e desempenham importante papel no controle natural de insetos como: mosquitos, baratas, formigas e outros invertebrados.

De forma geral, se reproduzem, preferencialmente nos períodos quentes do ano. Nesses períodos são observados maior número de acidentes que costumam ocorrer pelo contato acidental, ocorrendo comumente quando a aranha é pressionada contra o corpo ou quando a mesma sente-se ameaçada e assume posição defensiva.

 

Medidas preventivas de controle e evitar acidentes:

  • Manter o ambiente limpo e livre de materiais que possam servir de esconderijo para elas;
  • Inspecionar a roupa de cama que fica em contato com o chão e a parede;
  • Deixar um espaço de distância entre a cama, berço e as cortinas, para evitar que as aranhas subam pelo tecido;
  • Afastar as camas, bem como o berço da parede;
  • Aspirar frestas de janelas e portas;
  • Retirar teias de aranha de paredes e tetos;
  • Manter sótãos e porões limpos e ventilados;
  • Limpar periodicamente a parte traseira de quadros encostados na parede;
  • Mantenha jardins e quintais limpos;
  • Evite o acúmulo de entulhos, folhagens secas e materiais de construção próximos à residência;
  • Fazer o controle periódico de insetos que as aranhas comem, como baratas, formigas e mosquitos;
  • Não colocar a mão em buracos, sob pedras e troncos podres. Use calçados e luvas de proteção;
  • Vede as soleiras das portas e janelas quando escurecer. Use telas nos ralos, pias e tanques;
  • Evite pendurar roupas nas paredes;
  • Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
  • Ao cortar a grama, remover ou queimar vegetação, fique atento ao aparecimento de aranhas.

Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sendo crianças e idosos o grupo mais vulnerável.

 

 

 

LACRAIAS E CENTOPEIAS

As lacraias ou centopeias são animais terrestres, de vida solitária e carnívoros, alimentando-se de minhocas, vermes, grilos, baratas, entre outros. A presa é detectada e muitas vezes imobilizada através da inoculação do veneno. Estão distribuídas por todo o mundo, em regiões temperadas e tropicais.

Possuem hábitos noturnos e alojam-se sob pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição ou constroem um sistema de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Podem também ser encontradas em hortas, entulhos, vasos, xaxins, sob tijolos; enfim, em qualquer parte da casa que não receba luz solar e seja úmida. Os esconderijos proporcionam proteção não apenas contra possíveis predadores, mas também contra a desidratação.

Estes animais podem produzir acidentes dolorosos que, em geral ocorrem na manipulação de objetos onde os mesmos estavam escondidos, o quadro não é grave, variando de acordo com o número de picadas e da hipersensibilidade ao veneno por parte da vítima.

 

Medidas preventivas de controle e evitar acidentes:

  • Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenha;
  • Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, pois estes materiais podem servir de abrigo;
  • Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;
  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
  • Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
  • Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento às lacraias;
  • Realizar roçagem de terrenos;
  • Manter berços e camas afastados das paredes;
  • Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.

Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sendo crianças e idosos o grupo mais vulnerável.

 

 

 

SERPENTES:

São 4 os gêneros de serpentes brasileiras de importância médica:

  • Bothrops - Jararaca;
  • Crotalus - Cascavel;
  • Lachesis - Surucucu;
  • Micrurus - Coral verdadeira.

Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:

As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno, localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais), essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas.

Presença de fosseta loreal - com exceção das corais, as serpentes peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor, denominado fosseta loreal. Vista em posição frontal este animal apresentará 4 orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a denominação popular de "cobra de quatro ventas".

 As corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção à regra acima referida, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando coloração viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa.

As serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em todos os ambientes, particularmente próximos às coleções líquidas, têm coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas por "cobras d'água", "cobra cipó", "cobra verde", dentre outras numerosas denominações.

 

Medidas preventivas de controle e evitar acidentes:

  • Não andar descalço;
  • Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem;
  • Nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras;
  • Quando entrar em matas ou em pomar com muitas árvores, esperar a vista se adaptar aos lugares menos iluminados;
  • Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção;
  • Controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam;
  • No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até jardins, pois é nesse momento que as serpentes estão em maior atividade;
  • Proteger os predadores naturais como: emas, seriemas, gaviões, gambás e cangambás, além de manter animais domésticos como galinhas e gansos próximos às habitações que, em geral, afastam as serpentes.

Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sendo crianças e idosos o grupo mais vulnerável.

 

 

 

ABELHAS E MARIBONDOS:

Existem cerca de 20.000 espécies de abelhas. As mais conhecidas são as comumente denominadas abelhas africanas ou africanizadas (mistura da abelha africana com a européia) que podem causar acidentes, devido a inoculação de veneno com ferrão. Existem também as chamadas abelhas nativas, as quais em sua grande maioria não têm ferrão nem veneno (arapuá, jataí, mandaçaia, entre outras) e, normalmente, enroscam no cabelo quando importunadas. Como não inoculam veneno, não são passíveis de controle, além de serem protegidas por lei ambiental. Encontramos ainda as mamangavas, abelhas grandes e solitárias, com ferrão e veneno, que em geral fazem seus ninhos no solo ou em ocos de árvores.

 

Medidas preventivas:

Na realidade não se pode prever a chegada de um enxame e/ou estabelecimento de uma colmeia num local. Porém, existem algumas orientações importantes a fim de evitar acidentes.

 

Em caso de enxame viajante ou colmeia instalada:

  • Não jogar nenhum produto sobre o enxame ou colmeia, como álcool, querosene, água ou inseticida, porque neste caso elas podem se sentir ameaçadas e ferroar;
  • Retirar do local ou das proximidades pessoas apavoradas, alérgicas à picada de abelhas, crianças e animais;
  • Não bater, tocar ou fazer movimentos bruscos e ruidosos próximos à colmeia;
  • Quando constatada a presença de colmeia/vespeiro instalado em locais que representem risco à saúde da população, entrar em contato com o telefone do Centro de Controle de Zoonoses – 2436-3666 de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h e posterior a esse horário, finais de semana e feriado entrar em contato com a DEFESA CIVIL (199);
  • Em caso de reincidência de instalação da colmeia no mesmo lugar, devem-se tomar providências no sentido de eliminar esse abrigo, como, por exemplo, vedar frestas ou buracos por onde elas adentraram, remover materiais inservíveis (caixotes, móveis, pneus, etc) entre outros.

Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sendo crianças, idosos e pessoas alérgicas o grupo mais vulnerável.

OBSERVAÇÃO:

O serviço só será realizado quando for marimbondos ou as abelhas pertencerem a espécie Apis sp (Abelha africana ou africanizada) tendo em vista que as mesmas podem causar acidentes com humanos ou animais e até mesmo o óbito.

 

 

 

Como solicitar o atendimento

O munícipe poderá solicitar a VISITA TÉCNICA e as ORIENTAÇÕES sobre ANIMAIS PEÇONHENTOS pelo telefone ligando no 2436-3666 de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Os demais poderão solicitar via documentos: memorandos, ofícios, ordem de serviço e processo administrativo.

 

 

 

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