Animais Sinantrópicos?

 

Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. Diferem dos animais domésticos, os quais o homem cria e cuida com as finalidades de companhia (cães, gatos, pássaros, entre outros), produção de alimentos ou transporte (galinha, boi, cavalo, porcos, entre outros).

 

Os animais sinantrópicos, como todo ser vivo, necessitam de três fatores para sua sobrevivência: água, alimento e abrigo A água não é fator limitante no nosso meio, mas podemos interferir nos outros dois fatores – alimento e abrigo – de modo que espécies indesejáveis não se instalem ao nosso redor.

Para tanto, é necessário conhecermos o que serve de alimento e abrigo para cada espécie que se pretende controlar e adotarmos as medidas preventivas, de forma a alcançar esse controle, mantendo os ambientes que frequentamos mais saudáveis e evitando o uso de produtos químicos (os quais poderão eliminar não somente espécies indesejáveis, como também espécies benéficas, além de contaminar a água e o solo), que por si só não evitarão novas infestações.

O Centro de Controle de Zoonoses, realizada inspeção prévia para avaliar as condições do local, analisar a situação da infestação e a presença dos animais, e posterior orientação ao munícipe quanto as medidas preventivas que impeçam o acesso, abrigo, alimento e a utilização de inseticidas.

 

 

 

RATOS (Roedores):

1.      Anti-ratização:

São medidas que visam dificultar ou mesmo impedir o acesso, instalação e proliferação de ratos em uma determinada área. Estas medidas consistem basicamente em eliminar as fontes de acesso, alimento, abrigo e água para os ratos.

  • Manter o ambiente doméstico limpo;
  • Evitar acúmulo de lixo, acondicionando os restos de alimentos em sacos plásticos bem fechados;
  • Não dispor o lixo para o recolhimento fora dos horários e dias em que exista o recolhimento do lixo doméstico em sua área de residência;
  • Saneamento básico;
  • Não acumular entulho em áreas públicas ou privadas;
  • Manter os terrenos sempre limpos, cortando a grama e evitando mato alto;
  • Retirar as sobras de alimentos ou ração ofertada aos animais não deixando de um dia para outro;
  • Armazenar os alimentos em armários bem fechados e geladeira, dificultando o acesso dos ratos;
  • Vedar pequenas aberturas que possam facilitar a entrada de ratos no domicílio;
  • Não obstruir bueiros e córregos com lixo e sucatas.

 

 

2.     Medidas de desratização

É a aplicação de produtos rodenticidas para eliminar os roedores, mas que só deve ser feito por pessoal treinado. Inicialmente o local (área foco) é inspecionado delimitando a extensão do problema. Para que a desratização seja eficaz é importante aplicar anteriormente medidas de anti-ratização, esclarecendo a população com ações educativas. Posteriormente é realizada a aplicação de substâncias rodenticidas.

Os critérios utilizados na escolha dos produtos químicos de desratização são: espécies de rato, grau de infestação, principais pontos críticos e oferta de alimentos no local.

 

Obs.: Ressaltamos que tais ações são realizadas em áreas de monitoramento de risco para alagamentos, órgãos públicos, filantrópicos, comunidades, Terrenos Baldios Abertos (TBA), PEVs e em investigações de casos suspeitos ou positivos de Leptospirose.

 

 

 

POMBOS:

É realizada inspeção prévia para determinar a situação da proliferação e a presença de ninhos, e posterior orientação ao munícipe sobre as medidas que impeçam acesso, abrigo, alimento e acasalamento.

O controle de pombos é permitido, desde que ocorra de forma a não causar maus-tratos e extermínio do animal. De acordo com o IBAMA os pombos são considerados animais silvestres e por consequência, são protegidos pelas mesmas legislações que proíbem a perseguição, maus-tratos, e caça de animais.

 

 

Medidas que podem evitar a presença dos pombos:

  • Não ter o costume de alimentá-los diretamente ou indiretamente;
  • Colocar telhas específicas contra a presença dos pássaros em telhados;
  • Utilizar telas de proteção em janelas, varandas e caixas de ar-condicionado;
  • Uso de repelentes em telhados, beirais e outros para afastá-los;
  • Aplicação de objetos em movimento ou brilhantes assustam as aves e podem ser confundidas com predadores;
  • Retirada dos ninhos e limpeza meticulosa do local.

 

Obs.: A realização destas medidas necessita seguir normas legais para não causar problemas como o de crime ambiental.

 

 

 

BARATAS:

Em áreas urbanas as espécies de baratas mais comuns são duas: a barata de esgoto (Periplaneta americana) e a francezinha ou alemãzinha (Blatella germanica). São ativas principalmente à noite, quando deixam seus abrigos à procura de alimentos.

Possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo aqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Podem alimentar-se também de celulose como papéis, ou ainda excrementos, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, ao mesmo tempo em que se alimentam. Preferem locais quentes e úmidos.

A barata de esgoto normalmente habita locais com muita gordura e matéria orgânica em abundância, como galerias de esgoto, bueiros, caixas de gordura e de inspeção. São excelentes voadoras.

 

Medidas preventivas

  • As medidas preventivas baseiam-se no controle ambiental. Deve-se interferir nas condições de abrigo e alimento destes insetos:
  • Inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa servir de transporte ou abrigo às baratas e suas crias;
  • Limpar o local total e cuidadosamente, bem como todos os pertences nele inclusos (fornos, armários, despensas, eletrodomésticos, coifas, sob pias) ou onde quer que possa ocorrer acumulo de gordura e restos alimentares;
  • Acondicionar restos de alimentos e o lixo em sacos plásticos e dentro de latas apropriadamente fechadas e limpas;
  • Vedar frestas, rachaduras e vãos que possam servir de abrigo e acesso ao ambiente;
  • Colocar telas, grelhas, ralos do tipo "abre-fecha", sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses insetos através de ralos e encanamentos;
  • Guardar todos os alimentos em potes fechados.

 

 

 

PULGAS:

As pulgas são insetos pequenos (1 a 8,5 mm de comprimento), desprovidos de asas e vivem como parasitas externos de animais domésticos, silvestres e do próprio homem, alimentando-se de sangue.

Algumas espécies apresentam especificidade de espécie-hospedeiro, ou seja, parasitam apenas uma espécie animal.

Em geral, se movimentam bastante e suas patas posteriores estão adaptadas para saltarem de 17 a 20 cm verticalmente e 35 à 40 cm horizontalmente. São insetos muito sensíveis às variações externas de temperatura e umidade. Cada pulga, dependendo da espécie, põe seis ou mais ovos em várias posturas, perfazendo 500 a 600 em toda sua vida, com apenas um acasalamento inicial. Os ovos normalmente são depositados no habitat ou no próprio hospedeiro e, por não serem pegajosos, caem no solo dentro do ninho ou cama dos animais, nos tapetes e outras áreas preferidas pelos animais ou pelo próprio homem. Os ovos eclodem no período de 2 a 12 dias, dependendo da temperatura e umidade. Em temperaturas baixas podem permanecer no estágio de ovo por até um ano.

 

Medidas de prevenção

  • Os locais devem ser limpas pelo menos uma vez por semana, de preferência com o auxílio de aspirador de pó;
  • Evitar o acúmulo de poeiras nos tapetes e tacos o qual pode servir de alimento para as larvas;
  • Se o piso for de tacos ou tábuas, estes devem ser calafetados, pois as fendas existentes entre eles podem constituir criadouros para pulgas;
  • Manter a higiene periódica dos animais domésticos, bem como lavagem frequente da "cama" do animal (panos, esteiras ou similares);
  • Vistoriar os semanalmente os animais e quando apresentarem infestação devem ser tratados com indicação de médico veterinário e mantidos em local restrito.

 

 

 

CARRAPATOS:

Os carrapatos não são insetos. São parentes próximos das aranhas e escorpiões e ocorrem em quase todos os continentes. São ectoparasitos (parasitas externos) de vertebrados (mamíferos, répteis, aves e anfíbios), ocorrendo em animais silvestres, domésticos e mesmo o homem, alimentando-se do sangue (hematófagos).

Possuem ciclo de vida que inclui as fases de: ovo - larva - ninfa e adulto. Após ingerir sangue de um hospedeiro, a fêmea se desprende do mesmo e deposita milhares de ovos, geralmente no ambiente, morrendo em seguida. Em condições satisfatórias de temperatura e umidade, ocorre a incubação (entre 30 a 40 dias, aproximadamente) e, após este período, as larvas eclodem.

As larvas oportunamente fixam-se em um hospedeiro (normalmente de pequeno porte), realizam repasto sanguíneo, desprendem-se deste, caem no ambiente e após 10 dias, em média, realizam a ecdise (muda) para o estágio de ninfa.       

Após cerca de 3 semanas, as ninfas já estão prontas para alimentação em hospedeiro de pequeno porte. Quando alimentadas, estas ninfas caem no solo e realizam ecdise transformando-se em adultos. Em um hospedeiro (normalmente de grande porte), macho e fêmea adultos acasalam e a fêmea alimenta-se de sangue, iniciando um novo ciclo.

Existem 2 fases de vida: fase de parasitismo (no hospedeiro) e fase de vida livre (solo, tocas, buracos, ninhos e vegetação).

 

Medidas preventivas

  • Aparar e cortar a vegetação rasteira;
  • Evitar caminhar ou frequentar áreas infestadas por carrapatos;
  • Vistoriar o corpo após frequentar áreas de mata ou conhecidamente infestadas por carrapatos;
  • Remover o lixo ou restos de alimentos, a fim de evitar que estes sirvam de alimento para outros animais;
  • Vistoriar semanalmente os animais e quando apresentarem carrapatos, devem ser tratados com indicação de médico veterinário e mantidos em local restrito;
  • Quando for retirar carrapatos, não se deve utilizar fósforo acesso ou outros objetos aquecidos, bem como produtos químicos. Deve-se girar levemente o corpo do carrapato até que se desprenda. Não puxar ou pressionar o carrapato.

 

ATENÇÃO! Caso encontrar algum carrapato em seu animal ou aderido a sua pele, o munícipe poderá colocar o espécime em um pote limpo e seco e entregar no caso das Regiões de Saúde I e II na Rua Íris, 320 (Laboratório Municipal de Saúde Pública) e Regiões de Saúde III e IV no CCZ (Rua Santa Cruz do Descalvado, n° 420 – Jardim Triunfo - Bonsucesso.

 

 

 

BARBEIROS:

Os insetos triatomíneos transmissores da Doença de Chagas são popularmente chamados de barbeiros, e existem muitas espécies diferentes deste inseto.

Os barbeiros são insetos hematófagos, cujos jovens e adultos, fêmeas e machos, alimentam-se exclusivamente de sangue de animais vertebrados. Vivem próximos a fonte de alimento escondendo-se em ninhos de pássaros, tocas de animais, copas de palmeiras e casca de tronco de árvores.

São insetos que quando adultos possuem asas e voam podendo eventualmente sair da mata e adentrar quintais e residências. Dentro das residências os barbeiros podem se esconder em frestas nas paredes, camas, colchões, atrás de móveis e quadros. Nos quintais os barbeiros podem se esconder em recintos, abrigos ou toca de animais vertebrados.

 

Medidas preventivas

  • Manter o ambiente limpo, frequentemente varrendo o chão, limpando atrás dos móveis e quadros;
  • Impedir a instalação de ninhos de pássaros nos beirais da casa;
  • Telar as janelas para evitar a entrada de barbeiros;
  • Impedir a permanência de animais e aves dentro de casa;
  • Construir abrigos e recintos para animais domésticos distantes da casa, mantendo-os sempre limpos e vistoriados;
  • Frequentemente expor ao sol travesseiros, colchões e cobertores.

 

 

ATENÇÃO! Caso encontrar algum animal suspeito, o munícipe poderá entregar o espécime no caso das Regiões de Saúde I e II na Rua Íris, 320 (Laboratório Municipal de Saúde Pública) e Regiões de Saúde III e IV no CCZ (Rua Santa Cruz do Descalvado, n° 420 – Jardim Triunfo - Bonsucesso.

 

 

 

Como solicitar o atendimento

O munícipe poderá solicitar a VISITA TÉCNICA e as ORIENTAÇÕES sobre sinantrópicos pelo telefone ligando no 2436-3666 de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h ou pelo PORTAL do FÁCIL .

Os demais poderão solicitar via documentos: memorandos, ofícios, ordem de serviço e processo administrativo.

 

 

 

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