Zoonoses

 

Zoonoses são doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas.

A transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com secreções (saliva, sangue, urina, fezes) ou contato físico como arranhaduras ou mordeduras. De forma indireta, pode acontecer por meio de vetores como mosquitos, por contato indireto com secreções, pelo consumo de alimento contaminado com o agente (viral, bacteriano, fúngico ou parasitário).

Saiba mais sobre algumas zoonoses:

 

 

LEISHMANIOSE

 

O que é Leishmaniose Visceral?

É uma doença infecciosa sistêmica popularmente conhecida como Calazar causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi.

 

Quais os sinais ou sintomas?

Em humanos ocorre febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.

Os animais doentes podem apresentar fraqueza, emagrecimento, problemas de pele, crescimento anormal das unhas e alteração no funcionamento de vários órgãos e sistemas.

 

Como é transmitida?

A transmissão ao homem acontece a partir de animais silvestres ou cães domésticos, que funcionam como fontes de infecção. As fêmeas do mosquito flebótomo (popularmente conhecido como mosquito-palha, birigui entre outros) podem picar animais doentes e posteriormente os humanos, transmitindo assim o agente entre animais e humanos.

 

Como prevenir ou controlar?

As medidas de proteção preconizadas consistem basicamente em diminuir o contato direto entre humanos e os flebotomíneos.

Para reduzir os riscos, os proprietários de cães em áreas de transmissão devem adotar a posse responsável do animal, mantendo o mesmo em ambientes telados com malha fina, durante o período de maior atividade do vetor (do entardecer ao amanhecer) e o uso de coleiras repelentes de inseto.

Recomenda-se aos munícipes que auxiliem na não proliferação do inseto vetor, evitando a criação de aves em áreas urbanas, mantendo a casa e quintal livre de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas. Proprietários de terrenos desocupados devem adotar as mesmas medidas.

 

Qual o tratamento?

A doença tem tratamento para os humanos, que é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Na maioria dos casos, quando não tratados, evoluem para óbito

Os animais suspeitos devem ser levados ao médico veterinário para orientação da conduta a ser tomada.

 

O que realizamos no centro de controle de zoonoses Guarulhos?

Em casos suspeitos entrar em contato com O Centro de Controle de Zoonoses. Após avaliação do animal, se necessário, será realizada a coleta de material para exame laboratorial e, após o resultado, serão fornecidas as orientações quanto à conduta a ser tomada.

 

 

 

ESPOROTRICOSE

 

O que é esporotricose?

Micose causada por fungo Sporothrix spp., que pode acometer animais e humanos. O homem se infecta após contato com o fungo, por meio de arranhões e mordidas de gatos que já tenham a doença, ou pelo contato de pele diretamente com as lesões de gatos infectados, ou ainda, por contato da pele lesada com o solo contaminado pelo fungo, durante as práticas de jardinagem, por exemplo.

 

Quais os sinais ou sintomas?

Nos animais, a esporotricose causa feridas profundas na pele de rápido crescimento, geralmente com pus, que não cicatrizam, pode também causar inchaço no focinho e espirros. No ser humano, a doença geralmente se manifesta na forma de lesão na pele, que começa com um pequeno nódulo (caroço) vermelho, podendo evoluir para uma ferida, às vezes, formando fileira de pequenos caroços ou feridas.

 

Como é transmitida?

O fungo causador dessa micose geralmente é encontrado no solo, plantas, palhas e madeiras, podendo ser transmitido através do contato com materiais contaminados. Animais infectados, em especial os gatos, transmitem a doença por meio de arranhões e mordidas. A doença também pode ser transmitida pelo contato com as secreções da ferida do animal infectado.

 

Como prevenir ou controlar?

Animais doentes devem ser mantidos em isolamento e o tratamento deles deve ser indicado por um médico veterinário, o tratamento é de longo prazo e apenas o médico veterinário poderá dar alta ao animal. O tratamento jamais poderá ser interrompido por conta própria, mesmo com a cicatrização das feridas.

Castração dos felinos, especialmente os machos para minimizar as brigas e contatos com outros animais na rua.

Não permitir que os gatos tenham acesso à rua, devendo para isso, providenciar tudo o que for necessário para impedir o livre acesso.

Utilizar luvas durante o manejo do animal acometido pela doença e após o contato, lavar as mãos com água e sabão.

Limpe o ambiente onde o gato vive, com água sanitária ou cloro.

Utilizar luvas durante as práticas de jardinagem ou manipulação do solo, pois o fungo habita o solo úmido.

 

Qual o tratamento?

Em caso de suspeita de esporotricose em um animal de estimação, a pessoa deve entrar em contato com a Divisão Técnico do Centro de Controle de Zoonoses (Centro de Controle de Zoonoses), que oferecerá orientações, além de acompanhamento do animal por médicos veterinários. Já em casos de suspeita da doença em seres humanos, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde.

 

O que realizamos no centro de controle de zoonoses Guarulhos?

Avaliação clínica de cães e gatos suspeitos ou portadores de esporotricose.

Coleta de material para exame de esporotricose dos animais com lesões características, identificados como suspeitos.

Em caso positivo é fornecido o tratamento para animal e é feita a busca ativa de novos casos suspeitos na região.

Acompanhamento de felinos que realizam tratamento de Esporotricose. Orientações ao munícipe quanto aos cuidados com o animal, para evitar a transmissão da doença. Fornecimento de medicação e receituário quando necessário. Notificação de casos humanos e auxílio às vítimas suspeitas.

Recolhimento de felinos com esporotricose em situação de rua e invasores.

 

 

 

 

RAIVA

 

O que é raiva?

A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma doença infecciosa aguda que leva à morte, causada por um vírus.

Todos os mamíferos transmitem a raiva como:

Animais domésticos: cães e gatos;

Morcegos: todas as espécies;

Animais Silvestres: primatas, capivaras, guaxinim, gambás, quatis, entre outros Herbívoros ou animais de produção: equinos, bovinos, caprinos, ovinos, suínos.

 

Quais os sinais ou sintomas?

Os sinais indicativos da raiva variam conforme a espécie. Quando a doença acomete animais carnívoros, com maior frequência eles se tornam agressivos (raiva furiosa) e, quando ocorre em animais herbívoros, sua manifestação é de paralisia (raiva paralítica). No entanto, todos os animais costumam ocorrer os seguintes sintomas:  dificuldade para engolir,  salivação abundante, mudança de comportamento,  mudança de hábitos alimentares,  mudança de hábitos e paralisia das patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.

 

Como é transmitida?

Mordedura, arranhadura e lambedura. A mais comum é pelo depósito da saliva, contendo vírus rábico, em pele ou mucosa. A introdução do vírus ocorre pela mordedura ou pela arranhadura do animal, assim como pela lambedura de pele com ferimento já existente ou de mucosa mesmo íntegra. A lambedura de mucosas (boca, narinas e olhos), por estas serem mais finas e friáveis que a pele, pode propiciar a introdução do vírus da raiva. A arranhadura por unha de gato, que tem o hábito de se lamber, pode ser profunda, introduzindo o vírus. Os receptores do vírus rábico no organismo encontram-se na pele e nas mucosas.

 

Como prevenir ou controlar?

Manter os animais domiciliados, ou seja, cães e gatos não devem ficar soltos nas ruas, ou estar sem a supervisão dos tutores, como por exemplo, soltos ou em telhados;

Castração dos cães e gatos;

Vacinação antirrábica anual de cães e gatos;

Locais arborizados (prédios, comércios casas, apartamentos), usar telas nas janelas para evitar a entrada de morcegos;

Se encontrar um morcego, não deve tocar, manipular ou segurar o animal. Presença de morcegos em situação anormal, como animal caído ou voando durante o dia, o munícipe poderá jogar pano ou caixa para contê-los de forma segura e comunicar imediatamente a Centro de Controle de Zoonoses para a remoção do animal e o diagnóstico de Raiva.

Não oferecer comida para primatas e quatis e outros animais silvestres.

 

Qual o tratamento?

Quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva,  deve-se procurar  o mais rápido possível a assistência médica. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão.

 

O que realizamos no centro de controle de zoonoses Guarulhos?

Avaliação clínica de cães e gatos suspeitos de Raiva;

Em casos de cães ou gatos com sintomas neurológicos que entraram em óbito ou foram submetidos a eutanásia, é efetuada a retirada do encéfalo que será enviado para laboratório, para exame de diagnóstico do vírus da raiva;

Vacinação antirrábica de rotina, posto fixo no Centro de Controle de Zoonoses;

Para Vacinar o animal o munícipe deve ligar no Centro de Controle de Zoonoses 2436-3666 para saber a data da vacinação;

O animal deve ser conduzido até o local de vacinação por um adulto, com coleira e guia. Gatos precisam ser transportados em caixas específicas, para evitar fugas. Aqueles com comportamento agressivo e os de grande porte devem ser levados com focinheira.

Recolhimento de morcegos com comportamento não habitual, para serem encaminhados ao laboratório para exame de diagnóstico do vírus da raiva;

Acompanhamento dos munícipes agredidos por cães e gatos, durante o período de observação de 10 dias, para orientar os mesmos quanto à conduta a ser seguida.

 

 

 

AVALIAÇÃO CLÍNICA PARA ANIMAIS SUSPEITOS DE ZOONOSES

Comparecer trazendo o animal no Centro de Controle de Zoonoses Rua Santa Cruz do Descalvado n°420 – Jardim Triunfo Bonsucesso de Segunda, quarta e sexta-feira das 8h às 11h30min e das 13h às 16h30min, mediante aquisição de senhas por ordem de chegada à portaria.

 

Documentos necessários:

RG, CPF e comprovante de endereço (residente em Guarulhos).

 

 

 

VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA

A vacinação antirrábica nas populações de cães e gatos, além de obrigatória por lei, é o fator de maior relevância para garantir a manutenção de controle da raiva em animais e, por consequência, para a população humana.

 

Dia e horário de atendimento:

Agendamento por telefone 2436-3666 de segunda a sexta das 08h às 17h.

Comparecer no local na data no período de 8h30min às 11h e das 13h às 16h.

 

Documentos necessários:

RG, CPF e comprovante de endereço.

 

 

Em caso de dúvidas, entrar em contato com o centro de controle de zoonoses pelo telefone 2436-3666 para esclarecimentos.

 

 

 

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